
De acordo com a pesquisa, a popularização dos mp3 players trará efeitos nocivos para os usuários dentro de um prazo dez anos. Segundo o estudo, o uso desses aparelhos com fone dentro do ouvido, favorece a perda de audição e as conseqüências para quem ouve música alta só serão percebidas em uma década, ou quando os jovens e adolescentes estiverem com aproximadamente 30 anos de idade.
De acordo com o estudo os grupos que mais estão expostos aos riscos, são aqueles que ouvem mp3 em uma média de cinco horas por semana. Além disso, o estudo revelou que os jovens ouvem música nesses aparelhos com sons entre 100 a 115 decibéis, o que se aproxima do barulho de uma turbina de avião no momento da decolagem. O recomendado é sempre inferior a 60 decibéis.
A estudante de enfermagem da Universidade Federal da Bahia – UFBA, Geisa Coutinho, mesmo conhecendo os perigos que o uso excessivo do mp3 pode acarretar a sua saúde, diz que é uma distração, principalmente para quem tem que enfrentar o trânsito de Salvador.
De acordo com dados da equipe de saúde do portal Brasil Escola há vários motivos para classificar os fones de ouvido mais perigosos que caixas acústicas, entre elas se destaca o fato do som das caixas ser atenuado no ambiente antes de chegar aos ouvidos, já os fones de ouvido injetam as ondas sonoras diretamente no canal auditivo, em plena potência. Dessa forma, o ruído pode afetar cerca 15 mil células ciliadas externas (CCE) da cóclea. Se o estrago não for sério, as células se recuperam num período máximo de 48 horas. Porém, se a exposição for muito longa ou intensa, a lesão pode se tornar irreversível.
Especialistas recomendam que se escute o MP3 player num local silencioso e quando estiver num lugar barulhento, não fazer o uso do aparelho. Uma vez que nesses lugares a tendência do usuário é aumentar o volume, não atentando para os riscos do uso excessivo.